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Um passeio pela Peneda-Gerês, um sítio para voltar várias vezes

Os correspondentes da Wilder, Cláudia e Vítor, escolheram um dos muitos percursos que se podem fazer no Parque Nacional da Peneda-Gerês. Desta vez a opção destes exploradores foi o Trilho dos Currais.

 

 

O Parque Nacional da Peneda-Gerês é um sítio para ir e voltar várias vezes. Cada parte e cada encosta tem sempre algo novo para descobrir. As pequenas vilas e aldeias têm carismas diferentes e todas as estações do ano nos deslumbram com novas paisagens.

 

 

Temos ido e voltado várias vezes. Desta vez fomos ao encontro da Vila do Gerês, pequena, rodeada pelas montanhas mas bastante vivida. Aqui há artesanato à venda nas ruas, bastantes hotéis e restaurantes. De dia e de noite sente-se o bulício entre turistas e habitantes, é a dita capital do Gerês e é daqui que muitos partem à descoberta.

Conta a história que já na época dos romanos havia interesses termais nesta zona. Contudo, somente no século XVIII é edificado o Estabelecimento Termal do Gerês, uma das grandes atrações do local.

 

 

Nesta nossa viagem optámos por ficar no Parque de Campismo do Vidoeiro, a 0,5 km da Vila. Há um pequeno ribeiro que o atravessa e optámos por ficar junto a ele numa zona sossegada e já nos limites do Parque.

Ao fim da tarde, e com poucos trilhos planeados previamente, demos uma vista de olhos no mapa e acabámos por ingressar no Trilho dos Currais, que começa perto da entrada do Parque. Este trilho conta com cerca de 10km e o seu perfil longitudinal anda entre os 376 e os 935 metros de altitude, podendo o seu percurso apresentar dificuldades na primeira parte onde a inclinação é bastante acentuada.

 

 

Este é um trilho cultural e paisagístico, onde nos podemos integrar nas tradições comunitárias e observar os três currais do Baldio da Veiga, típicos da actividade silvo-pastoril local.

Com a noite a chegar e o pôr-do-sol a surgir, deixámos o caminho e tomámos uma rota alternativa indo direito ao Miradouro da Pedra Bela.

 

 

Aqui vemos o rio a serpentear a montanha, o rio Cávado a juntar-se ao rio Caldo e a albufeira da Caniçada a azular a paisagem.

O caminho fez-se a descer até à aldeia, rodeados de pinheiros e fetos, com pequenos ribeiros a surgir em cada curva e muitos morcegos a esvoaçar rapidamente sobre a estrada.

Já de manhã optámos por explorar a zona contígua ao Parque. Na água límpida e fria flutuam alfaiates, espreitam pequenas rãs e surgem vestígios de lontras.

 

 

A Vila do Gerês e a sua zona envolvente é um espaço agradável e tranquilo onde, rodeados de montanhas, podemos explorar um pouco daquilo que o Parque Nacional tem para nos dar.

 

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