Que espécie é esta: abelha-carpinteira-castanha

A leitora Isabel Jácome fotografou esta abelha no final de 2017 em Ponte da Barca e quis saber a espécie. Albano Soares responde.

“Apareceram estas abelhas na minha residência situada em Ponte da Barca. São em grande número e começaram a surgir nos finais de 2017, embora os estragos na madeira só se tenham verificado cerca de 3 meses depois. Serão abelhas carpinteiras? Que me aconselham a fazer?”, perguntou a leitora à Wilder.

Trata-se de uma abelha-carpinteira-castanha (Xylocopa cantabrita).

Espécie identificada e texto por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

“É uma Xylocopa cantabrita (abelha-carpinteira-castanha). Aconselho a manter perto um tronco de madeira não tratada, pode ser que escolham em detrimento do mobiliário exterior”, explicou Albano Soares. 

Esta abelha carpinteira é bem menos comum do que a Xylocopa violacea.

As fêmeas medem até 22 milímetros e os machos até aos 20 milímetros.

É uma abelha solitária de alguma dimensão e é uma das oito representantes do género Xylocopa na Europa. 

As outras espécies de abelhas carpinteiras ibéricas – Xylocopa iris, Xylocopavalga e Xylocopa violacea – são negras e têm asas com reflexos violeta.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.