Que espécie é esta: abelha-de-duas-bandas

A leitora Patrícia Manso fotografou esta abelha a 7 de Maio em Barrô, Resende, e pediu ajuda na identificação. Albano Soares responde.

“No quintal, onde temos algumas árvores de frutos entre outras plantações, deparámo-nos com um exemplar de abelhas que estavam a sair e entrar do solo junto ao diospireiro. A minha mãe “apanhou” a abelha, tirámos as fotos e logo de seguida foi colocada em liberdade. Ficamos em dúvida que espécie é, será que conseguem pela foto detetar? Pois não era só uma que vimos mas sim várias, estávamos na dúvida se seriam agressivas mas já nos apercebemos que não”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de uma abelha-de-duas-bandas.

Espécie identificada e texto por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Esta é uma abelhas-de-duas-bandas e pode ser de duas espécies: Bombus hortorum ou Bombus ruderatus. Para separar estas espécies é necessário um exame mais próximo. 

Ambas as espécies pertencem à família Apidae, ao género Bombus e ao sub-género Megabombus. São excelentes polinizadores.

As rainhas fundam novas colónias no fim do inverno e início da primavera, construindo ninhos no subsolo.

São muito parecidas e é muito difícil distinguir estas duas espécies. São ambas de tamanho semelhante e são pretas com duas bandas amarelas. No entanto há algumas diferenças físicas, ainda que mínimas.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.