Que espécie é esta: abelhão-comum

A leitora Anabela Martins fotografou este insecto a 4 de Março em Junqueira, Castro Marim, e pediu ajuda para identificar a espécie. Albano Soares responde.

Trata-se de um abelhão-comum (Bombus terrestris)

Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Esta é uma abelha social e um reconhecido polinizador. 

As rainhas emergem no fim do Inverno e começam a fundar novas colónias de abelhões utilizando para isso buracos no subsolo, muitas vezes tocas de roedores abandonadas.

Para tal, as rainhas precisam de energia em abundância pelo que podemos vê-las a alimentar-se de néctar nas flores, tendo particular preferência pelas flores da borragem.

Estes abelhões estão muito ativos durante a manhã e final da tarde, evitando as horas de maior calor.

São muitos os locais onde podemos ver esta espécie. Dois dos melhores são as Estações da Biodiversidade da Ribeira do Torgal e Ribeira de Alportel.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.