Que espécie é esta: aloé-candelabro

Um grupo de alunos do Colégio Militar, em Lisboa, fotografou esta planta a 20 de Março no espaço escolar e quer saber qual é a espécie. Carine Azevedo responde.

Trata-se de um aloé-candelabro (Aloe arborescens Mill.).

Espécie identificada e texto por:  Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.

A espécie fotografada é vulgarmente conhecida como aloé, aloé-candelabro, babosa, foguetes-de-Natal ou vela (Aloe arborescens Mill.). 

Pertence à família Asphodelaceae e é originária da África do Sul.

É uma planta suculenta, de porte arbustivo que pode atingir até três metros de altura. O caule é ramificado e possui base lenhosa. 

As folhas surgem dispostas em roseta de até 1,5 metros de diâmetro, são longas e carnudas, de cor verde-azulada e com margens dentadas por espinhos agudos.

A floração ocorre no final do inverno. As flores surgem agrupadas em inflorescências erectas e longas. São vermelhas, laranjas ou amarelas, tubulares, muito vistosas e atrativas para os polinizadores.

O fruto é uma cápsula.

As folhas, quando cortadas, revelam uma seiva transparente, como um gel, daí o nome comum babosa. Este gel é muito eficiente no tratamento de queimaduras, irritações e abrasões da pele, além de possuir muitas outras propriedades terapêuticas e cosméticas. 

Aloe arborenscens é também uma planta ornamental interessante, bastante utilizada no paisagismo subtropical, sendo indicada para jardins em composições com cactos e outras suculentas, e para cercas defensivas.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.