Que espécie é esta: aranha-cesteira-dos-prados

A leitora Célia Cristo fotografou esta aranha a 13 de Julho de 2018 em Loulé e quis saber qual a espécie. Luís Crespo responde.

“Vivo nesta zona há 8 anos e é a primeira vez que vejo este animal e gostaria da vossa ajuda para o identificar”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se da aranha-cesteira-dos-prados (Argiope lobata).

Espécie identificada e texto por: Luís Crespo, investigador da Universidade de Barcelona.

Trata-se de uma espécie cujos adultos normalmente aparecem nesta altura do ano. 

Os machos são muito pequenos em comparação com as fêmeas e, por vezes, podem ser encontrados a viver nas imediações da teia da fêmea. 

Neste género é muito provável que a fêmea acabe por comer o macho durante ou após o acasalamento. 

Não é perigosa para o ser humano e alimenta-se de insectos que tenham o azar de cair na sua teia orbicular, no centro da qual é normalmente encontrada.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.