Que espécie é esta: aranha de casa

O leitor Guilherme Pires fotografou esta aranha a 15 de Junho no Vale da Raposa, Sintra, e quis saber a que espécie pertence. Pedro Sousa responde.

“Avistada na vila de Sintra, na minha horta junto ao Vale da Raposa, no dia 15/06/2022”, escreveu o leitor à Wilder.

Tratar-se-á de uma aranha-de-casa (Tegenaria sp.).

Espécie identificada por: Pedro Sousa, investigador do CIBIO-InBIO (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos).

Esta parece ser uma aranha do grupo Tegenaria/Eratigena. São aranhas comuns em casas e inofensivas.

As aranhas do grupo Tegenaria são difíceis de identificar.

Este grupo é um habitante comum das casas portuguesas. Estas aranhas constroem uma teia em funil e comem os insectos que nos podem transmitir doenças ou contaminam a nossa comida, explicou anteriormente à Wilder Sérgio Henriques, líder do grupo de especialistas em aranhas e escorpiões da UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza).

Estas espécies que possivelmente viveriam originalmente em cavidades nas rochas, ou mesmo em entradas de cavernas, acham as nossas casas um bom substituto ao habitat natural que nós lhes tiramos. Embora muito mais seco. É por isso que, normalmente, se encontram ou nas casas de banho ou nas cozinhas. Porque têm sede.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.