Que espécie é esta: aranha-de-cruz

O leitor José Carvalho encontrou esta aranha em Vila Verde a 1 de Dezembro de 2019 e pediu ajuda na identificação. Pedro Sousa responde.

Trata-se de uma aranha de cruz, neste caso muito provavelmente uma Tecedeira-de-Cruz-Cosmopolita (Araneus diadematus).

Espécie identificada e texto por: Pedro Sousa, investigador do CIBIO-InBIO (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos).

É uma aranha de cruz, neste caso muito provavelmente uma Tecedeira-de-Cruz-Cosmopolita (Araneus diadematus).

Em Portugal há uma outra aranha de cruz, a Tecedeira-de-Cruz-Pálida (Araneus pallidus) como é chamada no Biodiversity4All.

As fêmeas das duas espécies são muito semelhantes, mas nas tuas fotos podemos ver que a aranha tem duas projeções (ou tubérculos) não muito grandes na parte de cima do abdómen (que é alongado). Para além disso as restantes marcas do abdómem, a que se chama folium, são muito distintas e bem marcadas.

Para termos a certeza teríamos que observar a parte ventral do abdómen ou ter um macho também para comparar. Os machos de Tecedeira-de-Cruz-Pálida são sempre muito mais pequenos do que as fêmeas.

Espero ter ajudado.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.