Que espécie é esta: aranha-lobo

O leitor Jorge Canelas encontrou esta aranha em Mêda a 16 de Agosto e pediu ajuda na identificação. Pedro Sousa responde.

“Tirei esta foto no dia 16/8/2022 na Aldeia da Prova, Mêda. Estava dentro de um regador, libertei-a no jardim. Nunca tinha visto uma aranha tão grande e corpulenta (cerca de 4/5 cm) poderiam ajudar-me a identificar a espécie?”, perguntou o leitor à Wilder.

Trata-se de uma aranha-lobo (família Lycosidae).

Espécie identificada e texto por: Pedro Sousa, investigador do CIBIO-InBIO (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos).

Não consigo dizer mais nada do que é uma aranha-lobo, ou seja, que pertence à família Lycosidae. Se fosse uma aranha grande talvez desse para intuir algo mais, mas sem uma escala não sei qual o tamanho do animal.

Na verdade a identificação de aranhas-lobo é quase sempre difícil!

Exemplos de aranhas-lobo desta família são a Hogna radiata e a Lycosa fasciiventris, ambas aranhas com mais de dois centímetros de comprimento em adultas. As Hogna e Lycosa têm colorações de aviso na parte ventral do corpo e patas que usam para avisar e afastar potenciais predadores.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.