Que espécie é esta: aranha tecedeira-de-cruz-pálida

A leitora Alexandra Gonçalves encontrou esta aranha em Serpins a 5 de Outubro e pediu ajuda na identificação. Pedro Sousa responde.

“Encontrei este exemplar na parede da minha casa, em Serpins. De que espécie de trata?”, perguntou a leitora à Wilder.

Trata-se de uma aranha tecedeira-de-cruz-pálida (Araneus pallidus).

Espécie identificada e texto por: Pedro Sousa, investigador do CIBIO-InBIO (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos).

É um excelente exemplo de uma aranha de cruz, neste caso uma Tecedeira-de-Cruz-Pálida (Araneus pallidus) como é chamada no Biodiversity4All.

Em Portugal há uma outra aranha de cruz, a Tecedeira-de-Cruz-Cosmopolita (Araneus diadematus).

As fêmeas das duas espécies são muito semelhantes, mas nas tuas fotos podemos ver que a aranha tem duas projeções (ou tubérculos) muito óbvias na parte de cima do abdómen. Para além disso o abdómen é completamente arredondado, de cor pálida e com as restantes marcações quase indistintas, todas características da Tecedeira-de-Cruz-Pálida.

Nesta altura do ano já são adultas, e é possível que brevemente façam a sua postura de ovos, que abrigam dentro de um casulo de seda.

Espero ter ajudado.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.