Que espécie é esta: bela-dama

A leitora Nádia Jorge fotografou esta lagarta e esta crisálida em Amor, Leiria, entre 28 de Fevereiro e 4 de Março e gostaria de saber qual a espécie. Eduardo Marabuto responde.

“Encontrei uma lagarta no meu abacateiro no dia 28 de fevereiro. E no dia 4 de março encontrei no mesmo lugar um casulo castanho e dourado. Gostaria de saber se é da mesma lagarta e que espécie é esta. Muito obrigada a vossa página tem me ajudado muito a conhecer e a proteger as lagartas de várias espécies de borboletas”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de uma borboleta bela-dama (Vanessa cardui).

Espécie identificada por: Eduardo Marabuto, entomólogo.

“Trata-se de uma lagarta de Vanessa cardui. Estaria no abacateiro apenas para encontrar um local adequado para crisalidar, o que eventualmente fez. Provavelmente haveria malvas ou cardos em baixo, onde se terá alimentado algumas semanas antes”, explicou Eduardo Marabuto.

Esta é uma borboleta com 70 milímetros de envergadura de asa, sendo que as fêmeas são maiores do que os machos. É de cor castanha, laranja e com pintas brancas. 

Os adultos voam de Março a Outubro. 

As lagartas desta espécie são espinhosas e de coloração entre o preto e o castanho.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.