Que espécie é esta: bela-dama-americana

A leitora Margarida Azeredo encontrou esta lagarta a 26 de Setembro em Viseu, e pediu ajuda para saber qual a espécie. Albano Soares responde.

“Gostaria de saber que espécie é esta, da qual fotografei a lagarta, num aveloal, em Viseu”, contou Margarida Azeredo à Wilder.

Trata-se da lagarta da borboleta bela-dama-americana (Vanessa virginiensis). 

Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

“Esta é a lagarta da Vanessa virginiensis, muito bonita”, disse Albano Soares.

A bela-dama-americana é uma borboleta que pertence à família Nymphalidae.

Os adultos voam de Março a Dezembro, com as suas asas alaranjadas.

Bela-dama-americana (Vanessa virginiensis). Foto: Judy Gallagher/WikiCommons

A lagarta é escura com anéis brancos e espinhas negras, descreve o livro “As Borboletas de Portugal” (2003).

Esta borboleta ocorre na Península Ibérica, Madeira, Açores e também nas regiões temperadas da América do Norte. Em Portugal “está relativamente bem estabelecida no litoral, principalmente no Barlavento algarvio”, segundo o mesmo livro.

As suas populações estão fragmentadas e, como o “litoral é vulnerável à expansão do urbanismo, indústria e vias de comunicação, há um certo risco de extinção”.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.