Que espécie é esta: bispo-de-coroa-amarela

O leitor Ricardo Vieira Santos fotografou esta ave a 30 de Junho na zona de Samora Correia e pediu ajuda para saber qual a espécie. Gonçalo Elias responde.

“No dia 30/06/2021 encontrei dois exemplares da ave cujas fotos envio em anexo. Na zona de Samora Correia, junto ao rio Tejo. Gostava de saber a espécie pois não encontro nada semelhante no meu Guia de Aves (não me parece um papa-figos, pois é mais pequeno e bico diferente). É mais corpulento que um pardal. Será algo exótico ou fuga de cativeiro?”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se de um bispo-de-coroa-amarela (Euplectes afer).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

Esta “é uma espécie exótica nativa de África e que foi introduzida no nosso país” no final da década de 1980, explicou Gonçalo Elias.

Por isso, não figura na maioria dos guias de campo, mas pode descobrir mais informações sobre a espécie no livro “Aves Exóticas em Portugal: Guia de Identificação”, lançado esta Primavera pelo escritor naturalista Gonçalo Elias.

É uma pequena ave, da família dos tecelões, onde os machos têm uma plumagem muito vistosa. “O tom dominante é o amarelo, que abrange a maior parte da cabeça, do dorso e da cauda. As partes inferiores são pretas, contrastando fortemente com o tom amarelo”, descreve o portal Aves de Portugal. 

O bispo-de-coroa-amarela está presente em Portugal durante todo o ano. Mas é mais fácil de observar na Primavera e no Verão, plena época de nidificação, quando os machos exibem a sua plumagem amarela e preta e pousam em locais visíveis.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.