Que espécie é esta: bola-de-carvão

O leitor Rui Marques fotografou este cogumelo no Zambujal, Sesimbra, a 11 de Dezembro de 2021 e pediu ajuda para saber a espécie. A associação Ecofungos responde. 

“O que é isto? Cresce num tronco de plátano cortado há uns 5 anos, no Zambujal, Sesimbra”, escreveu o leitor à Wilder.

Tratar-se-á de uma bola-de-carvão (Daldinia concentrica).

Espécie identificada e texto por:  Ecofungos – Associação Micológica.

Esta foto não é muito clara para podermos dar uma identificação correta. Falta um elemento fundamental: um corte transversal do exemplar.

No entanto, e pela sua forma, cor e habitat, julgo que seja uma Daldinia concentrica, da Familia Xypoxylaceae. É uma espécie saprófita, relativamente comum no nosso país, surgindo a decompor vários hospedeiros (lenhosas e resinosas mortas).

Se for executado o corte transversal pode observar-se, no interior do perídio, os anéis concêntricos do crescimento do fungo. O leitor pode confirmar o referido, uma vez que, estas espécies mantêm-se durante muito tempo no local.

Pode ser usado como acendalha. 


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.