Que espécie é esta: borboleta aurinia

O leitor Raul Cerveira Lima fotografou esta lagarta e depois crisálida no final de Março em Valbom, Gondomar, e quis saber qual a espécie a que pertence. Albano Soares responde.

A lagarta, e depois crisálida, foi observada na parede exterior de sua casa, junto a uma janela virada a poente. “A lagarta escolheu fixar-se numa face virada a sul, de modo que a crisálida apanha sol apenas muito ao final do dia – e fica também abrigada de luz artificial (candeeiro de iluminação pública de vapor de sódio de alta pressão que ilumina toda a fachada poente da casa)”, escreveu o leitor à Wilder.

Lagarta da borboleta.
Lagarta da borboleta.

Tratam-se da lagarta e crisálida da borboleta aurinia (Euphydryas aurinia).

Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Esta é uma borboleta em tons laranja, amarelos e castanhos que está protegida pela Directiva europeia Habitats.

Borboleta aurinia em adulto. Foto: Anne Sorbes/WikiCommons

Segundo a Lista Vermelha dos Invertebrados de Portugal, esta borboleta encontra-se em todo o território continental. 

“É típica de matos e orlas de bosques com um certo grau de humidade e subcoberto bem desenvolvido, onde se desenvolvem as trepadeiras do género Lonicera, plantas hospedeiras das suas lagartas.”


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.