Que espécie é esta: borboleta-carnaval

A leitora Rita Didelet fotografou esta lagarta em Loulé a 28 de Abril e quis saber qual a espécie. Helder Cardoso responde.

“Deparei-me com algumas lagartas dessas nas paredes exteriores da minha casa em Loulé, a 28 de Abril de 2021. O meu filho de 6 anos está muito curioso para saber de que espécie se trata. Procurei no vosso arquivo mas não encontrei lagartas semelhantes. Podem ajudar, por favor?”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de uma lagarta de borboleta-carnaval (Zerynthia rumina).

Espécie identificada por: Hélder Cardoso, naturalista e coordenador da Estação de Estudo de Borboletas Nocturnas do Planalto das Cesaredas.

Esta é uma borboleta muito vistosa e de grande beleza.

Borboleta-carnaval em estado de adulto. Foto: Adrian198cm/WikiCommons

Ocorre na Península Ibérica e no Sul de França. Em Portugal Continental está presente em quase todo o país, mas é mais comum no Sul.

Esta espécie, que voa de Fevereiro a Maio, depende muito de uma planta, a chamada erva-bicha (Aristolochia paucinervis)É desta planta que se alimentam as suas lagartas.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.