Que espécie é esta: borboleta-das-sardinheiras

A leitora Carmen Cardoso fotografou esta borboleta a 28 de Agosto de 2020 em Vilas Boas, Trás-os-Montes, e quis saber qual a espécie a que pertence. Albano Soares responde.

“Fotografei esta borboleta em 28 de Agosto de 2020 na aldeia de Vilas Boas em Trás os Montes. Gostaria de saber que espécie é”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se da borboleta-das-sardinheiras (Cacyreus marshalli).

Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Esta pequena borboleta, da família Lycaenidae, é originária da África do Sul e tem vindo a espalhar-se nos últimos anos pelo Sul da Europa, incluindo em Portugal. Julga-se que terá sido introduzida com as importações de gerânios, flores das quais as suas lagartas se alimentam.

Na Europa, esta espécie coloniza habitats artificiais onde existam plantas dos géneros Pelargonium e Geranium e também em habitats naturais com estas espécies de plantas.

É mais facilmente observada de Março a Outubro.

As lagartas alimentam-se de folhas e flores.


Agora é a sua vez

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.