Que espécie é esta: borboleta-do-sargaço

O leitor Pedro Silva fotografou esta lagarta a 21 de Junho na serra de Sintra e pediu ajuda para saber qual a espécie. Eduardo Marabuto responde.

“Gostaria de saber qual a espécie desta lagarta que fotografei perto do alto da Pedra Amarela, na serra de Sintra”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se de uma lagarta da borboleta-do-sargaço (Psilogaster loti).

Espécie identificada por: Eduardo Marabuto, entomólogo.

“É uma lagarta de Psilogaster loti, uma espécie ligada a matagais mediterrânicos com predomínio de espécies do género Cistus, de que se alimenta. É uma espécie corrente na Serra de Sintra, em zonas abertas”, explicou Eduardo Marabuto.

As lagartas têm várias cores, como o vermelho, laranja, amarelo, preto e branco. Os adultos são castanho avermelhados e têm uma linha transversal branca nas asas anteriores, descreve a Universidade de Évora.

Os machos têm uma envergadura de asas de entre 25 a 27 milímetros; as fêmeas são maiores, com entre 35 a 37 milímetros.

Tem duas gerações anuais, podendo o adulto ser observado durante quase todo o ano. A lagarta é mais abundante em Maio, Junho e Outubro.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.