Que espécie é esta: borboleta Emmelina monodactyla

A leitora Maria José Mackaaij viu esta borboleta a 1 de Outubro em Querença, Loulé, e quis saber qual a espécie a que pertence. Eduardo Marabuto responde.

“Avistei este insecto no dia 1 de outubro, na porta de entrada da Fundação Manuel Viegas Guerreiro em Querença, no concelho de Loulé, em pleno barrocal algarvio. Agradeço a vossa ajuda para ajudar a identificar esta espécie e partilhar esse conhecimento com as crianças da escola da aldeia, com as quais desenvolvemos o projeto Pequenos Naturalistas de Querença“, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se da borboleta Emmelina monodactyla.

Espécie identificada e texto por: Eduardo Marabuto, entomólogo.

Espécie comum, de hábitos dispersívos e ocorrente tanto em habitats mais naturais como mais humanizados onde as lagartas se alimentam de convolvuláceas (Calystegia, Convolvulus).

Existe uma outra espécie deste género em Portugal (Emmelina argoteles) de cuja distinção não é fácil mas segundo o que se sabe, a grande maioria das observações corresponde a E. monodactyla.

Os poucos traços morfológicos que as distinguem também estão de acordo com E. monodactyla.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.