Que espécie é esta: borboleta esfinge-da-videira

A leitora Carla Martins fotografou esta borboleta a 24 de Novembro em Lisboa e quer saber que espécie é. Eduardo Marabuto responde.

“Ao apanhar a roupa que tinha estendida, deparei-me com a mariposa da fotografia. Nunca tinha visto nenhuma assim, muito menos no centro de Lisboa! Fiquei bastante curiosa, pelo que vos peço ajuda para a identificar”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de uma borboleta esfinge-da-videira (Hippotion celerio).

Espécie identificada e texto por: Eduardo Marabuto, entomólogo.

Por vezes acontece as borboletas serem encontradas entre a roupa que é deixada a secar. Talvez por oferecerem algum abrigo com tantas reentrâncias.

Neste caso, é mais uma Hippotion celerio, mas desta vez adulta! Quiçá emergida de alguma das lagartas que têm chegado à redacção da Wilder!?

O ano de 2021 está a ser um bom ano para elas com várias observações um pouco por todo o país.

Esta espécie (Hippotion celerio) pertence à Família Sphingidae.

As lagartas desta família são facilmente reconhecíveis por terem um espinho no final do abdómen. Como o nome comum indica alimentam-se de folhas de videira, embora também gostem de algumas plantas silvestres como Epilobiumspp. ou Galium spp..


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.