Que espécie é esta: borboleta guarda-portões e gafanhoto-do-Egipto

A leitora Carmen Cardoso fotografou esta borboleta e este gafanhoto a 20 de Agosto de 2020 em Terras de Bouro e pediu ajuda para saber qual a espécie. Albano Soares e Sílvia Pina respondem.

Trata-se da borboleta guarda-portões (Pyronia tithonus) e do gafanhoto-do-Egipto (Anacridium aegyptium).

Espécie identificada por: Albano Soares e Sílvia Pina, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Esta é uma borboleta da família Nymphalidae

Pode chegar a uma envergadura de asa de 40 milímetros, sendo que as fêmeas são maiores do que os machos, e tem a face superior das asas alaranjada com uma faixa acastanhada no rebordo.

Os adultos voam de Maio a Setembro. 

Segundo o Museu Virtual da Biodiversidade, esta borboleta “ocorre, preferencialmente, em silvados nas orlas de bosques secos e em clareiras de florestas, até aos 1200 m de altitude. Para plantas hospedeiras utiliza várias espécies de gramíneas (Poaceae), das quais a lagarta se alimenta (e.g. Poa spp.)”.

Esta borboleta, com estatuto de conservação Pouco Preocupante, é comum em Portugal continental, sendo menos frequente na metade sul do país.

“O insecto verde que aparece na foto é um gafanhoto”, explicou Sílvia Pina.

“Trata-se de um imaturo da espécie Anacridium aegyptium. É uma espécie comum e bem distribuída em todo o território continental português. É frequente encontrá-la em meios urbanizados, nos arbustos ou árvores dos jardins ou quintais.” 


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.


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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.