Que espécie é esta: borboleta nocturna Lasiocampa trifolii

O leitor Bruno Pinto fotografou esta lagarta a 10 de Fevereiro em Campo Maior e pediu para saber a espécie. Albano Soares responde.

“Gostaríamos de pedir a vossa ajuda na identificação da espécie da larva em anexo para perceber se existe algum tipo de perigo, para humanos (principalmente bebés) e para cães”, escreveu o leitor à Wilder.

“Existem imensos exemplares numa vinha que é nossa propriedade, sendo que não andam em procissão e existem exemplares de vários tamanhos, mais pequenos (jovens) e adultos e fase mais avançada. Não existem pinheiros por perto, apenas olival e prado livre.”

A lagarta foi observada no concelho de Campo Maior, Alto Alentejo.

“Pensamos tratar-se de Lasiocampa trifolli, borboleta nocturna. Contudo gostaríamos de nos certificar e de perceber essencialmente a questão do perigo urticante.”

Trata-se da borboleta nocturna Lasiocampa trifolii.

Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Esta é uma borboleta nocturna com uma envergadura de asa entre os 40 e os 55 milímetros.

As lagartas desta espécie alimentam-se de várias plantas herbáceas.

Esta lagarta é inofensiva, mesmo quando manuseada.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.