Que espécie é esta: borboleta quadripuntária

O leitor Mário Oliveira encontrou esta borboleta no seu quintal em Vieira do Minho a 27 de Julho e pediu ajuda para saber a que espécie pertence. Albano Soares responde.

Foto: Mário Oliveira

Trata-se da borboleta quadripuntária (Euplagia quadripunctaria).

Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Esta borboleta pertence ao grupo das borboletas nocturnas (heterocera) mas voa principalmente de dia. Tem uma envergadura de asa entre os 52 e os 65 milímetros.

As lagartas alimentam-se de urtigas e outras ervas.

No Norte e Centro é relativamente comum, em galerias ripícolas, sempre perto de água e em locais húmidos e sombreados.

É uma espécie protegida pela Directiva Habitats (anexo II) – por ser uma espécie de interesse e cuja conservação exige a designação de áreas especiais de conservação – e pela Convenção de Berna – que lista as espécies que precisam de medidas de conservação de habitats específicas.

Em Portugal, esta borboleta está protegida em 12 sítios da Rede Natura 2000: Peneda-Gerês, Montesinho/Nogueira, Serra d’Arga, Serra do Gerês, Arrábida/Espichel, Serra da Estrela, Montemuro, São Mamede, Alvão/Marão, Serra da Lousã, Rio Paiva e Serras da Freita e Arada.


 

Agora é a sua vez

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.