Que espécie é esta: caboz-negro

O leitor José Pedro Tomaz fotografou este peixe em Coxos, Ribamar-Ericeira, a 29 de Desembro de 2019 e quis saber qual a espécie a que pertence. Pedro Salgado responde.

Tratar-se-á de um caboz-negro (Gobius niger).

Espécie identificada por: Pedro Salgado, biólogo e ilustrador científico especializado em peixes marinhos.

“O peixinho é um caboz, provavelmente uma fêmea da espécie Gobius niger. Brinquei muito com eles nas poças quando era miúdo”, disse Pedro Salgado.

Mas “para ter a certeza, teria de ver de perto algumas das características”.

Este peixe que, segundo o Museu Virtual da Biodiversidade, não ultrapassa os 17 centímetros de comprimento, tem como característica distintiva a primeira barbatana dorsal ser pontiaguda.

É um peixe com “corpo alongado com cor cinzenta ou castanha escura e machas mais claras com uma pequena mancha negra nas barbatanas dorsais”, descreve aquele museu.

Vive em “fundos arenosos e lodosos, estuários e pradarias marinhas, não ultrapassando os 90 metros de profundidade”.

“Alimenta-se de pequenos crustáceos e de alguns pequenos peixes e a sua época reprodutiva está compreendida entre os meses de Abril e Junho.”


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.