Que espécie é esta: Caloptérix negro

A leitora Cláudia Magalhães fotografou este insecto a 10 de Agosto de 2020 nas serras de Valongo, Couce, e quis saber qual a espécie a que pertence. Albano Soares responde.

“Encontrei esta espécie de libélula preta nas serras de Valongo, Couce, e gostaria de saber a qual família a que pertence”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de um Caloptérix negro (Calopteryx haemorrhoidalis), da família Calopterygidae.

Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Segundo Albano Soares, este é um macho. Os machos têm asas escuras e um corpo negro e metálico e podem ter uma coloração entre o escarlate, dourado ou cor de cobre. Na parte de baixo dos últimos três segmentos abdominais podemos ver uma zona vermelha (daí o nome Latim haemorrhoidalis, que significa “fluxo sanguíneo).

São insectos cujo corpo pode chegar a ter 48 milímetros de comprimento.

Esta espécie ocorre no Sul da Europa (Portugal, Espanha, Sul de França, Itália e Mónaco) e no Norte de África (Argélia, Marrocos e Tunísia).

Vive junto a rios e ribeiros e, por isso, pode ser muito vulnerável à poluição das águas.

Está em voo, normalmente, entre Maio e Setembro.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.