Que espécie é esta: caracol Rumina decollata

O leitor Luís Gonçalves fotografou este caracol a 28 de Abril em Quelfes, Olhão, e pediu ajuda na identificação. Gonçalo Calado responde.

“Encontram-se facilmente exemplares de animais com concha tipo búzio na terra onde eu moro, ou seja, numa zona, diria eu, de cariz rural na Freguesia de Quelfes, concelho de Olhão no Algarve a uns bons 4km da costa (Ria Formosa).”

Trata-se do caracol Rumina decollata.

Espécie identificada por: Gonçalo Calado, professor da Universidade Lusófona.

Este é um caracol terrestre europeu de tamanho médio que pertence à família Achatinidae.

A sua concha espiralada calcária é comprida e pode crescer até cerca de 40 milímetros.

Estes caracóis são predadores vorazes de outros caracóis e lesmas ou até mesmo de plantas. É, por isso, uma espécie benéfica por predar pragas de hortas e jardins.

Em alturas de seca ou de frio, podem enterrar-se no solo e aí permanecer até terem melhores condições. Normalmente estão mais activos durante a noite e em períodos de chuva.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.