Que espécie é esta: centopeia-comum

O leitor Tiago Cardoso encontrou este animal no aeroporto da Horta, Açores, a 1 de Junho e pediu para saber qual a espécie. José Manuel Grosso-Silva responde.

“O meu nome é Tiago, sou um interessado na rubrica Que espécie é esta? (assim como o restante conteúdo da Wilder), e entro em contacto convosco para saber que espécie de artrópode é esta que fotografei na ilha do Faial. Segue em anexo a foto que tirei com o meu telemóvel no dia 1 de Junho de 2021 a um artrópode que encontrei no Aeroporto da Horta. Peço desculpa pela qualidade da minha foto não ser das melhores, mas creio que se vê bem o animal em causa. Eu penso que seja uma centopeia, mas não tenho a certeza disso, pelo que pergunto-vos de que espécie se trata”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se de uma centopeia comum ou doméstica (Scutigera coleoptrata).

Espécie identificada e texto por: José Manuel Grosso-Silva, responsável pelas colecções entomológicas do Museu de História Natural e da Ciência (Universidade do Porto).

É uma espécie profundamente incompreendida e mal-amada (para não dizer “detestada”) mas que é uma das nossas melhores aliadas pois alimenta-se de moscas, mosquitos e muitos outros insetos que geralmente não queremos a viver connosco, dentro das nossas casas.

Eu não tenho problema em admitir que tenho várias destas centopeias a viver em minha casa…


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.


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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.