Que espécie é esta: chasco-cinzento

O leitor Carlos Mendes fotografou esta ave a 20 de Setembro de 2020 na Serra da Freita e quis saber qual a espécie a que pertence. Gonçalo Elias responde.

Trata-se de um chasco-cinzento (Oenanthe oenanthe).

Espécie identificada e texto por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

Os machos adultos têm “o dorso cinzento, a máscara preta e a cauda branca com um característico T preto”, descreve o portal Aves de Portugal. “A fêmea adulta e o macho em plumagem de Outono são 
acastanhados, mas o característico T preto no final da cauda branca facilita a identificação.”

Esta espécie tem uma população nidificante em Portugal, em especial nas terras altas do Norte e Centro do país, mas é pouco significativa.

Durante a migração outonal, esta ave torna-se numa das espécies mais comuns em terrenos abertos, em especial no litoral. É mais facilmente observada em terrenos abertos, campos de restolho, dunas, zonas agrícolas ou terrenos incultos.

No Outono, a maioria dos chascos-cinzentos que podemos ver são as aves que estão de passagem a caminho de África, vindas de outros países europeus.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.