Que espécie é esta: cigarrinha-verde

A leitora Eunice Oliveira fotografou este insecto em Condeixa, Coimbra, a 5 de Agosto e pediu ajuda para saber a espécie. José Manuel Grosso-Silva responde.

“Podem ajudar-me a identificar esta espécie? Tenho muitos indivíduos destes no meu jardim. A foto não está 100% nítida pois os bicharocos saltam/voam muito e não se deixam fotografar facilmente”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de uma cigarrinha-verde (Cicadella viridis).

Espécie identificada por: José Manuel Grosso-Silva, responsável pelas colecções entomológicas do Museu de História Natural e da Ciência (Universidade do Porto).

Esta é “uma espécie distribuída pela metade norte do país que, por vezes, ocorre em grande número em zonas de prado com alguma humidade”, explicou José Manuel Grosso-Silva.

Tem a cabeça de cor amarela e o corpo verde-azulado.

Como tem a capacidade de saltar, pode parecer que é um pequeno gafanhoto. Mas não é. As peças bucais são picadoras-sugadoras, ou seja, tem na boca uma espécie de agulha adaptada para perfurar as paredes das plantas e sugar a sua seiva.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.


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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.