Que espécie é esta: cobra-d’água-de-colar-mediterrânica

A leitora Susana Couto encontrou esta cobra a 14 de Maio em Vila Nova de Gaia e pediu ajuda na identificação da espécie. José Carlos Brito responde.

“Podem por favor identificar esta espécie que tem aparecido bastante por minha casa em Vila Nova de Gaia? Esta apareceu hoje e quando a vi já estava morta, mas ontem também vi uma parecida duas vezes maior mas não consegui fotografar”, escreveu a leitora.

Trata-se de uma cobra-d’água-de-colar-mediterrânica (Natrix astreptophora).

Espécie identificada por: José Carlos Brito, especialista em répteis no BIOPOLIS-CIBIO.

Trata-se de um juvenil de cobra-d’água-de-colar-mediterrânica, Natrix astreptophora (Seoane, 1884).

A cobra-de-água-de-colar-mediterrânica é uma espécie completamente inofensiva para o ser humano.

Esta cobra é uma boa nadadora.

Pode ultrapassar os 150 centímetros de comprimento total, sendo as fêmeas habitualmente maiores que os machos, segundo o Museu Virtual da Biodiversidade da Universidade de Évora.

“A coloração dorsal é variável, variando entre o verde-oliváceo, o acinzentado, o acastanhado ou mesmo o pardo; exibe um padrão de pequenas manchas negras irregulares, espalhadas ao longo do corpo.”

Os juvenis “exibem duas manchas no pescoço que formam um colar amarelado e orlado de negro, sendo esta a característica responsável pelo seu nome vulgar. Esse colar desaparece à medida que o indivíduo cresce”.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.