Que espécie é esta: cobra-de-água-de-colar-mediterrânica

O leitor Nuno Gomes encontrou esta cobra a 17 de Setembro nas margens do rio Neiva, Esposende, e pediu ajuda na identificação da espécie. José Carlos Brito responde.

“Encontrei esta espécie nas margens do rio Neiva, Esposende. E gostaria de saber que cobra poderá ser”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se de uma cobra-d’água-de-colar-mediterrânica (Natrix astreptophora).

Espécie identificada por: José Carlos Brito, especialista em répteis no BIOPOLIS-CIBIO.

“Trata-se de um juvenil de cobra-de-água-de-colar (Natrix astreptophora), facilmente identificável pela presença de um colar amarelo na base do pescoço”, explicou José Carlos Brito.

“A intensidade da coloração do colar é muito forte e marcada nos juvenis e mais tarde tende a desvanecer nos adultos.”

“É uma serpente completamente inofensiva que habita nas proximidades de cursos de água, alimentando-se sobretudo de peixes e anfíbios.”

Pode ultrapassar os 150 centímetros de comprimento total, sendo as fêmeas habitualmente maiores que os machos, segundo o Museu Virtual da Biodiversidade da Universidade de Évora.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.