Que espécie é esta: cobra-de-água-viperina

A leitora Alexandra Morão fotografou esta cobra em Gáfete, Crato, a 23 de Abril e pediu ajuda na identificação. Luís Ceríaco responde.

“Esta cobra foi avistada num quintal, sobre uma espargueira. Consegue dizer-me que espécie é e se é perigosa?”, escreveu a leitora à Wilder.

Tratar-se-á de uma cobra-de-água-viperina (Natrix maura).

Espécie identificada por: Luís Ceríaco, especialista em répteis e investigador do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto.

“Julgo ser uma Natrix maura, cobra-de-água-viperina”, disse o especialista.

De acordo com o guia “Anfíbios e Répteis de Portugal”, lançado em Novembro de 2017, esta é uma espécie que vive um pouco por toda a parte em Portugal.

É uma cobra de tamanho médio, que mede entre 60 a 130 centímetros de comprimento. Pode ser castanha, cinza, verde ou amarelada.

Tem hábitos diurnos e está activa desde a Primavera até ao começo do Outono. Nos meses mais frios costuma hibernar.

Segundo Luís Ceríaco, é inofensiva.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.