Que espécie é esta: cogumelo Clitocybe nebularis?

O leitor Artur Cadete fotografou este cogumelo a 8 de Fevereiro em Fontão-Angeja e pediu ajuda na identificação. A associação Ecofungos responde.

O cogumelo foi apanhado numa estrada junto à Ribeira do Fontão-Angeja.

Tratar-se-á de um cogumelo Clitocybe nebularis.

Espécie identificada e texto por:  Ecofungos – Associação Micológica.

O cogumelo será uma Clitocybe, provavelmente, C. nebularis.

Filo Basidiomycota, Ordem Agaricales, Família Tricholomataceae.

Esta é uma espécie de cogumelo com chapéu de cor cinzenta, convexo a aplanado e, finalmente, em forma de taça, ao maturar.

Pode atingir 15 a 20cm de diâmetro, com a cutícula seca e destacável e as margens enroladas e onduladas.

O himenófero (parte inferior) possui lâminas apertadas, de cor creme, muito densas e decorrentes sobre o pé.

O pé é central, fibroso, creme e ligeiramente bolboso na base. O odor é afrutado. 

Estes cogumelos são espécies saprófitas, que crescem em grupos, e normalmente ocorrem em bermas ou orlas de florestas de folhosas.

Nota: o exemplar da foto já está numa fase avançada de maturação. 


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.


Já que está aqui…

Apoie o projecto de jornalismo de natureza da Wilder com o calendário para 2021 dedicado às aves selvagens dos nossos jardins.

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Marco Nunes Correia é ilustrador científico, especializado no desenho de aves. Tem em mãos dois guias de aves selvagens e é professor de desenho e ilustração.

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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.