Que espécie é esta: Cogumelo Cyclocybe aegerita

A leitora Isabel Gomes fotografou este cogumelo em Portela de Sacavém a 2 de Janeiro e pediu ajuda para saber a espécie. A associação Ecofungos responde. 

“Encontrei num relvado ao pé da Igreja da urbanização da Portela de Sacavém este aglomerado de fungos ou cogumelos (?) que nunca tinha visto. É de grandes dimensões e muito bonito. Peço ajuda para me indicarem que tipo de cogumelo é”, escreveu a leitora à Wilder.

Tratar-se-á de uma Cyclocybe aegerita.

Espécie identificada e texto por:  Ecofungos – Associação Micológica.

Apenas com esta foto não é muito claro para se efetuar uma identificação correta. No entanto, parece tratar-se de uma Cyclocybe aegerita, uma espécie muito comum no nosso território.

Acrescento que esta não é uma espécie venenosa, mas é bioacumuladora (podendo acumular produtos tóxicos, como por exemplo herbicidas ou pesticidas, se utilizados) e parasita, especialmente, de choupos. Inclusive, em ambientes livres de poluição, é consumida e possui propriedades medicinais.

Este cogumelo decompõe a madeira morta de árvores, com preferência por salgueiros e choupos. Daí o seu nome comum em inglês, ‘poplar cap’ (‘boné de choupo’, traduzido para português).


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.