Que espécie é esta: cogumelo da família Psathyrellaceae

O leitor Railson Silva fotografou estes cogumelos a 23 de Novembro em Palmas, Tocantins (Brasil), e pediu ajuda para saber qual a espécie. A associação Ecofungos responde.

“Há alguns meses percebi que este pequeno cogumelo começou a crescer no meu quintal e fiquei curioso a respeito do nome dele, se é comestível (acho que não) ou se é muito venenoso. Outra dúvida é quanto a essas bolinhas no ‘chapéu’. São escamas ou esporos?”, escreveu o leitor à Wilder.


Tratar-se-á de um cogumelo da família Psathyrellaceae.

Espécie identificada e texto por:  Ecofungos – Associação Micológica.

Poderá tratar-se de um cogumelo da Família das Psathyrellaceae, onde temos vários géneros como as Coprinus, as Coprinopsis, Coprinellus, as Parasola, entre muitas outras, mas só através destas fotos é difícil confirmar.

As “bolinhas” são estruturas celulares conhecidas como cistídios – neste caso dermatocistídios ou pileocistídios, pois encontram-se na superfície do píleo (chapéu). Podem também surgir com frequência no pé (neste caso são visíveis) e no himénio (parte inferior do chapéu, nas lâminas, por exemplo).


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.