Que espécie é esta: cogumelo Stropharia semiglobata

O leitor Desmond J. Green fotografou estes cogumelos no Estoril a 7 de Agosto e quis saber qual a espécie. A associação Ecofungos responde.

“Dezenas destes cogumelos apareceram subitamente no meu jardim no Estoril. Podem dizer-me, por favor, qual a espécie? São comuns em Portugal? E são comestíveis?”, perguntou o leitor à Wilder.

Tratar-se-á de um Stropharia semiglobata.

Espécie identificada e texto por: Ecofungos – Associação Micológica.

A espécie que o leitor nos envia pertence às Strophariaceae. É uma família composta por mais de 1.300 espécies.

As lâminas, na parte inferior do chapéu, normalmente possuem cores que variam entre as cores cremes nos estágios mais jovens, a cinzas/negras nos estádios mais avançados de maturação.

Importante neste exemplar a presença de um anel membranoso no terço superior do chapéu, também característico do Género Stropharia.

Poderá ser a S. semiglobata, muito comum por cá, mas não é comestível.


Pretende a identificação de um fungo ou cogumelo? A associação Ecofungos aconselha:

Sempre que possível, será importante recolher diferentes fotos dos exemplares, como por exemplo da parte superior do carpóforo, ou chapéu, da parte inferior, identificar o respetivo hospedeiro ou substrato, e efetuar um corte transversal do exemplar. Quanto mais informação for recolhida, mais simples e exata poderá ser a ID da espécie.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.