Que espécie é esta: erva-salsicheira

Foto: Norbertoe/Wiki Commons

O leitor Luís Venâncio fotografou esta planta no rio de Alenquer a 25 de Agosto e pediu para saber a que espécie pertence. Carine Azevedo responde.

Trata-se da erva-salsicheira (Lotus rectus).

Espécie identificada e texto por: Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.

A planta da fotografia é uma espécie leguminosa.

Tudo indica que se trata de Lotus rectus sinónimo de Dorycnium rectum. Uma espécie nativa da região Mediterrânica, comum em Portugal, ao longo da faixa litoral, sendo mais frequente nas regiões do Centro e Sul.

É uma planta perene, de base lenhosa, que forma longos ramos herbáceos, cobertos de folhas compostas, divididas em três a cinco folíolos. Os folíolos são verdes, ligeiramente pubescentes em ambas as páginas. 

Floresce no final da primavera e no verão. As flores surgem agrupadas em inflorescências, com 18 a 35 flores. As flores são pequenas e branco-rosadas.

Esta planta desenvolve-se em locais húmidos e nas margens de cursos de água, preferencialmente em substratos básicos ou ácidos.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.