Que espécie é esta: escaravelho Carabus rugosus

A leitora Helena Barbosa observou este insecto a 19 de Novembro de 2020 em Gondomar, e pediu ajuda na identificação. José Manuel Grosso-Silva responde.

“Fotografei este insecto no dia 19/11/2020 na Serra de Santa Iria, Melres, Gondomar. Será que me sabem dizer que insecto é?”, perguntou Helena Barbosa à Wilder.

Trata-se de um escaravelho Carubus rugosus.

Espécie identificada e texto por: José Manuel Grosso-Silva, responsável pelas colecções entomológicas do Museu de História Natural e da Ciência (Universidade do Porto).

O exemplar da foto é um macho.

O carabídeo Carabus rugosus é um predador tanto na fase larvar como no estado adulto.

As larvas vivem no solo, refugiando-se na manta morta ou sob pedras.

Os adultos têm atividade noturna e alimentam-se de vários tipos de invertebrados, como minhocas, caracóis e insetos (tanto larvas como adultos).

Em Portugal há duas subespécies: a norte do rio Tejo ocorre C. rugosus celtibericus e a sul está presente C. rugosus brannani.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.


Já que está aqui…

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Com a ajuda das ilustrações de Marco Nunes Correia, poderá identificar as aves mais comuns nos jardins portugueses. O calendário Wilder de 2021 tem assinalados os dias mais importantes para a natureza e biodiversidade, em Portugal e no mundo. É impresso na vila da Benedita, no centro do país, em papel reciclado.

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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.