Que espécie é esta: escaravelho-de-água

A leitora Maria João Silva fotografou este animal em Vila do Bispo a 5 de Setembro e pediu para saber a espécie. José Teixeira responde.

“Observámos este pequeno animal, estava num charco temporário quase sem água em Vila do Bispo, perto da Praia da Cordoama, no dia 5 de setembro. Estavam vários iguais no mesmo charco, a nadar. Conseguem dizer-me de que espécie se trata?”, perguntou a leitora à Wilder.

Tratar-se-á de um escaravelho-de-água (Dysticus marginalis).

Espécie identificada por: José Teixeira, responsável pelo projecto Charcos Com Vida.

“A imagem refere-se a um escaravelho aquático do género Dysticus. Tudo indica tratar-se do Dysticus marginalis (mas faço a ressalva de não ser especialista em invertebrados e existirem mais espécies do mesmo género algo parecidas)”, disse o investigador.

“Estes animais são importantes predadores aquáticos e emblemas dos charcos.”

Os escaravelhos-de-água vivem em habitats de água doce e são presas de várias espécies de peixes, aves, mamíferos e répteis.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.