Que espécie é esta: escaravelho Meloe violaceus

O leitor Nuno Ferreira encontrou este escaravelho a 5 de Novembro de 2020 em Águeda e quis saber qual a espécie. João Gonçalo Soutinho responde.

“Fotografei este animal no meu terreno na localidade da Borralha, que pertence à cidade de Águeda”, escreveu Nuno Ferreira à Wilder.

Trata-se de um escaravelho Meloe violaceus.

Espécie identificada por: João Gonçalo Soutinho, coordenador do VACALOURA.pt.

Estes escaravelhos enquanto adultos alimentam-se de polén. 

As larvas, no entanto, quando emergem do solo (onde as fêmeas colocam milhares de ovos), sobem a plantas ou flores à procura de algum hospedeiro que irão parasitar. 

Normalmente as pequenas larvas optam por abelhas-solitárias ou por gafanhotos e algumas vezes por abelhas-do-mel, aos quais se agarram apanhando “boleia” até chegarem aos ninhos desses insectos, onde irão viver. 

Enquanto se desenvolvem, alimentam-se dos ovos e larvas dos insectos que parasitam e também de polén e mel, se estiverem disponíveis.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.


Já que está aqui…

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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.