Que espécie é esta: escaravelho-rinoceronte

A leitora Daniela Lascasas fotografou este animal a 8 de Julho de 2018 em Portalegre e quis saber qual a espécie a que pertence. João Gonçalo Soutinho responde.

“Seguem fotos de um magnífico inseto que fotografei em Portalegre no dia 8 de Julho de 2018. Tenho curiosidade em saber a que espécie pertence, pois nunca vi igual”, escreveu a leitora à Wilder. 

Trata-se de um escaravelho-rinoceronte (Oryctes nasicornis).

Espécie identificada por: João Gonçalo Soutinho, coordenador do VACALOURA.pt.

Este é um dos escaravelhos maiores e mais pesados da Europa, podendo chegar aos seis centímetros de comprimento.

O seu corpo é de um tom castanho escuro. Os machos têm uma espécie de corno curvo que se revela muito útil nas lutas contra outros machos para conquistar as fêmeas. 

Este escaravelho que a leitora nos enviou é, precisamente, um macho.

Enquanto larvas, estes animais alimentam-se de madeira morta. Esta espécie passa cerca de dois anos em estado larvar e os adultos emergem entre Março e Maio. 

Pode ver aqui a larva deste escaravelho que a leitora Cláudia Mateus encontrou no seu quintal em Gondomar a 3 de Março.

Os escaravelhos adultos não se alimentam e vivem, normalmente, até ao Outono.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.