Que espécie é esta: esquilo-vermelho

O leitor Hugo Quaresma encontrou este esquilo em Vieira do Minho, a 19 de Maio de 2020, e pediu ajuda para saber qual a espécie. Rita Rocha responde.

“Podem ajudar-me a identificar a espécie deste esquilo? Foi visto a 19 de Maio de 2020 na Serra da Cabreira em Vieira do Minho”, contou Hugo Quaresma à Wilder. 

Trata-se de um esquilo-vermelho (Sciurus vulgaris).

Espécie identificada por: Rita Rocha, investigadora do CIBIO-InBIO.

Os esquilos vermelhos são a única espécie de esquilos presente em Portugal.

São facilmente identificados pela sua cauda felpuda e pelos tufos de pêlos das orelhas.

Já a sua coloração pode variar desde o mais acinzentado para o preto. Por isso, o nome “vermelho” pode induzir em erro.

Este esquilo observado pelo leitor Hugo Quaresma é um esquilo vermelho, mas com pelagem mais escura. Além dos tufos nas orelhas, característica do esquilo vermelho, também tem o ventre branco.

Hoje, o esquilo vermelho encontra-se em todo o norte e centro do país.

As pinhas são o alimento preferido destes animais. Quando não são consumidas no momento em que são encontradas, podem ficar armazenadas em buracos ou no solo, para serem comidas mais tarde. No entanto, o que acontece muitas vezes é que ficam esquecidas. O esquilo torna-se assim num importante dispersor de sementes e, desta forma, desempenha um papel muito importante na regeneração e manutenção das nossas florestas.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.


Já que está aqui…

Apoie o projecto de jornalismo de natureza da Wilder com o calendário para 2021 dedicado às aves selvagens dos nossos jardins.

Com a ajuda das ilustrações de Marco Nunes Correia, poderá identificar as aves mais comuns nos jardins portugueses. O calendário Wilder de 2021 tem assinalados os dias mais importantes para a natureza e biodiversidade, em Portugal e no mundo. É impresso na vila da Benedita, no centro do país, em papel reciclado.

Marco Nunes Correia é ilustrador científico, especializado no desenho de aves. Tem em mãos dois guias de aves selvagens e é professor de desenho e ilustração.

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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.