Que espécie é esta: flor-dos-macaquinhos

Foto: Dina Fonseca

Dina Fonseca pediu a identificação de uma planta num vaso que fotografou em Alenquer, a 12 de Abril. Carine Azevedo responde.

A planta fotografada é conhecida como flor-dos-macaquinhos, flor-dos-macaquinhos-dependurados ou flor-dos-rapazinhos (Orchis italica).

Foto: Dina Fonseca

Espécie identificada e texto por:  Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.

É uma espécie da família Orchidaceae, nativa do sul da Europa, oeste da Ásia e norte de África.

Em Portugal ocorre nas regiões do centro e sul do país.

orchis italica é uma planta de hábito terrestre, de tamanho médio, crescendo entre 20 a 40 centímetros de altura. 

Possui um crescimento simpodial e um rizoma grosso e tuberoso. 

É formada por cinco a oito folhas basais, dispostas em roseta. As folhas são muito claras, ovais a lanceoladas e de margem ondulada. Em alguns casos podem apresentar máculas de cor púrpura na página-superior.

A floração ocorre entre fevereiro e maio.

A haste floral surge do meio da roseta de folhas, onde se forma uma inflorescência ovóide, semelhante a uma espiga. Cada inflorescência é formada por 30 a 60 flores. As flores são de cor rosada, lilás, ou por vezes rosa-púrpura e raramente branca e podem ainda ser finamente pontuadas de manchas liláceas ou púrpuras. 

E lembre-se: nunca as deve apanhar ou retirar do seu meio natural, para que seja possível apreciá-las ano após ano.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.