Que espécie é esta: fungo Gymnopilus suberis?

A leitora Rita Moreno fotografou este fungo perto do Roncão, Santiago do Cacém, a 25 de Dezembro e pediu ajuda para saber a espécie. A associação Ecofungos responde.

“Encontrei este fungo no dia 25 de dezembro perto do Roncão, Santiago do Cacém, junto a uma estrada rural. Podem esclarecer-me sobre o que é?”, escreveu a leitora à Wilder.

Tratar-se-á de uma espécie do género Gymnopilus, talvez a Gymnopilus suberis cf.

Espécie identificada e texto por:  Ecofungos – Associação Micológica.

A espécie que nos enviam, apesar de estar num estado avançado de maturação e de as fotos não serem bem esclarecedoras, deverá ser do género Gymnopilus, talvez a Gymnopilus suberis cf., uma vez que o hospedeiro é um tronco velho de sobreiro (Quercus suber).

Trata-se de uma espécie decompositora/sapróbia, da família Strophariaceae.

É comum na zona centro e sul do nosso país.

Ocorre isolada e em grupos de vários exemplares e com diferentes estados de maturação. Caracteriza-se pelas suas cores alaranjadas, possui um pé central, com um pequeno anel resultante do véu parcial que protege o himénio e se rompe no processo de maturação do cogumelo.

O chapéu é convexo inicialmente, com umas pequenas escamas visíveis a olho nú. Depois torna-se ligeiramente aplanado.

Quando estamos perante um clima mais seco, apresenta uma coloração mais clara e fendilha.

Para mais informação, partilho um excerto da publicação que pode ser lida através do link, e que relaciona o surgimento desta espécie na Europa Central com as alterações do clima que se têm verificado globalmente.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.