Que espécie é esta: fungo Inonotus hispidus

Foto: Sónia Pinheiro

A leitora Sónia Pinheiro pediu ajuda para identificar um cogumelo numa faia, em Alhandra. A associação Ecofungos responde.

 

A espécie em causa parece ser um fungo que tem o nome científico Inonotus hispidus. Não é conhecido um nome comum em português.

Espécie identificada e texto por: Ecofungos – Associação Micológica.

Foto: Sónia Pinheiro

Pelas imagens que apenas nos mostram a parte inferior do carpóforo, poderemos arriscar que se trata da espécie Inonotus hispidus.

Este fungo caracteriza-se por frutificar normalmente isolado, em consola, nos troncos dos seus hospedeiros, que podem variar entre as árvores de fruto e outras folhosas.

As frutificações são consistentes/coriáceas mas numa primeira fase possuem um aspeto claro e esponjoso. Na maturação tornam-se mais coriáceas e adquirem, na parte superior, um tom acastanhado e pelos hirsutos.

A parte inferior da frutificação é constituída por tubos e poros cremes a castanhos (na fase mais avançada de maturação), por onde são dispersos os esporos. Após a morte do hospedeiro o fungo adquire um comportamento sapróbio (que ou o que depende de matéria orgânica em decomposição para se desenvolver).

Para evitar a dispersão de esporos na zona, aconselhamos a remoção das frutificações e a eliminação das árvores afetadas, após a sua morte.

 

Pretende a identificação de um fungo ou cogumelo? A associação Ecofungos aconselha:

Sempre que possível, será importante recolher diferentes fotos desses exemplares, como por exemplo da parte superior do carpóforo, ou chapéu, da parte inferior, identificar o respetivo hospedeiro ou substrato, e efetuar um corte transversal do exemplar. Quanto mais informação for recolhida, mais simples e exata poderá ser a ID da espécie.

 


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.