Que espécie é esta: fura-pastos

A leitora Luísa Ramalho encontrou este animal a 4 de Outubro em Vila Alva, Cuba, e pediu ajuda na identificação da espécie. José Carlos Brito responde.

“Num passeio rural em Vila Alva, Cuba, no passado dia 4 de Outubro, encontrámos esta cobra. Não conseguimos, contudo, identificar a espécie (licranço, cobra rateira?). Podem ajudar-nos?”, perguntou a leitora à Wilder. 

Trata-se de um fura-pastos (Chalcides striatus).

Espécie identificada e texto por: José Carlos Brito, especialista em répteis no BIOPOLIS-CIBIO.

Trata-se de um fura-pastos (Chalcides striatus).

É um lagarto de corpo cilíndrico, serpentiforme, muito alongado.

Apresenta membros muito reduzidos (4-7 mm), possuindo três dedos em cada pata.

O corpo encontra-se coberto de escamas e tem uma aparência lisa e metálica.

É uma espécie muito discreta, de hábitos fossoriais, passando por isso muito despercebido.

É completamente inofensivo e não-venenoso.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.