Que espécie é esta: gaiteiro-azul

O leitor Paulo Amaral encontrou este insecto no final de Julho de 2021 no Parque Nacional da Peneda-Gerês e pediu ajuda para saber qual a espécie. Albano Soares responde.

“Fotografei este inseto em finais de julho de 2021 no Parque Nacional da Peneda Gerês, junto a um curso de água. Verifiquei que era uma espécie comum naquele tipo de habitat. Pensei tratar-se de uma libélula imperador-azul, contudo verifico que as asas são coloridas ao invés de transparentes. Que espécie linda será?”, perguntou o leitor à Wilder.

Trata-se de um gaiteiro-azul (Calopteryx virgo).

Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Esta é uma libelinha de médio porte, que pode atingir os 49 milímetros de comprimento e os 36 milímetros de envergadura, segundo o Museu Virtual da Biodiversidade da Universidade de Évora

“O macho tem a cabeça e o corpo (tórax + abdómen) azuis, com tons esverdeados e brilho metálico. As asas são largas e tingidas de um azul-violeta escuro. A fêmea tem a cabeça e o corpo (tórax + abdómen) esverdeados, com brilho metálico. As asas têm uma tonalidade acastanhada e pseudopterostigmas brancos.” 

Voa de Abril a Setembro, sendo mais vista em Julho, ainda segundo aquele museu.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.