Que espécie é esta: gaivota-d’asa-escura

O leitor Carlos Mendes fotografou esta ave a 26 de Setembro de 2020 na Pateira de Fermentelos e quis saber qual a espécie a que pertence. Gonçalo Elias responde.

Trata-se de uma gaivota-d’asa-escura (Larus fuscus) juvenil.

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

A gaivota-d’asa-escura é uma das gaivotas mais comuns nas praias portuguesas, ocorrendo durante todo o ano, mas sendo claramente mais abundante no Inverno.

Os adultos distinguem-se facilmente dos juvenis por terem uma plumagem contrastante cinzenta-escura no dorso e branca na barriga e na cabeça. O bico e as patas são amarelas.

Por outro lado, os juvenis têm uma cor geral parda, adquirindo gradualmente a plumagem dos adultos, que aparece por volta dos quatro ou cinco anos de idade.

A gaivota-d’asa-escura pode confundir-se com a gaivota-de-patas-amarelas (Larus michahellis), sendo esta última nitidamente mais clara no dorso. Os juvenis das duas espécies são, no entanto, bastante difíceis de distinguir. A gaivota-de-patas-amarelas é muito mais comum como nidificante, sendo famosa pela sua enorme colónia na ilha da Berlenga.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.