Que espécie é esta: garça-nocturna

O leitor João Ghira fotografou esta ave numa rua de Lisboa a 23 de Abril e pediu para saber a espécie. Gonçalo Elias responde.

“Encontrei esta ave em Lisboa, na Rua Luciano Cordeiro num pequeno jardim. Parecia deslocada”, contou o leitor à Wilder.

Trata-se de uma garça-nocturna (Nycticorax nycticorax).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

“Esta espécie aparece com alguma frequência nos jardins de Lisboa, particularmente onde há lagos com peixinhos”, explicou Gonçalo Elias. “É possível que se trate de um dos indivíduos oriundos de Sete Rios, onde existe uma colónia nas árvores do jardim zoológico; apesar do local, são aves que se encontram em liberdade.”

A garça-nocturna, uma garça de tamanho médio, é uma ave que mede entre os 58 e os 65 centímetros e tem uma envergadura de asa de 90 a 100 centímetros.

É uma ave muito robusta e com bico curto, com penas tem tons de cinzento e branco.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.