Que espécie é esta: gorgulho

O leitor Guilherme Parreira fotografou este insecto a 24 de Outubro na freguesia Cabo da Praia, concelho Praia da Vitória, ilha Terceira, e quis saber qual a espécie a que pertence. José Manuel Grosso-Silva responde.

“Envio em anexo a foto de um inseto que fotografei no meu quintal e que tenho curiosidade em identificar e saber se se trata de um inseto auxiliar ou um fitófago”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se de um gorgulho do género Lixus sp.

Espécie identificada por: José Manuel Grosso-Silva, responsável pelas colecções entomológicas do Museu de História Natural e da Ciência (Universidade do Porto).

Os Lixus pertencem à família Curculionidae, uma família com muitas espécies em Portugal e em todo o mundo a que pertencem os escaravelhos conhecidos como gorgulhos.

Estes caracterizam-se por ter a cabeça prolongada num “focinho” que, no caso do género Lixus, é especialmente prolongado.

Outra característica dos gorgulhos é terem as antenas a formar uma espécie de “cotovelo”.

Em Portugal há mais de 20 espécies de Lixus, todas elas de dimensões consideráveis.

“Eu não sou especialista neste grupo de escaravelhos, mas pelo que sei, apesar de fitófagos, estes gorgulhos não têm efeitos negativos que os tornem pragas”, explicou José Manuel Grosso-Silva.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.